segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O MEU HOMEM

Neste fim de semana de tamanho Large, estou a curtir as Beiras.
Tenho por cá alguns familiares que raramente vejo, mas com quem simpatizo. Tem sido um tempo de passeatas noturnas e conversas às refeições, que se estendem tanto que chegam a pegar umas com as outras, digo, o almoço pega com o lanche e o lanche com o jantar.
Vou de cá com peso a mais, é o que é. Mas não há grande problema.
O que queria contar é que estou a familiarizar-me com a expressão "o meu homem", referente ao marido de quem fala, e eu, por graça, também a tenho utilizado, mas ainda não propus discussão sobre o assunto, essencialmente porque o à-vontade não é total e sinto algum receio de melindrar. Mas que a expressão tem que se lhe diga, isso tem. Basta pensar que, quando uma mulher se refere ao homem com quem casou como sendo o 'seu marido', não incorre, ao utilizar essa designação, em nenhuma espécie de manifestação de sentimento de posse, apesar de utilizar o possessivo 'meu'. Porque, efetivamente, estando nós numa sociedade monogâmica, aquele homem é o seu marido, o que, como tal, é uma verdade exclusiva e absoluta, apesar de ele poder ser o homem de outras mulheres... Todavia, ao proferir a expressão "o meu homem", qualquer mulher enche a boca e o peito, para demonstrar a sua posse de um homem. Com uma entoação muito mais aberta e empenhada. 
Utilizar a expressão "o meu homem", como referência ao marido, implica um aviso: fala-se daquele que é "propriedade" exclusiva daquela mulher; optar por "o meu marido" mantém vivas as hipóteses de aquele homem, relativamente àquela mulher, ser APENAS o seu marido!...

Sem comentários:

Enviar um comentário